A Vida dos Brasileiros: Inflação, Politização, Desigualdade Social e Perfis de Consumidores

Inflação e seu Impacto na Vida dos Brasileiros

A inflação continua sendo uma preocupação central para os brasileiros em 2025. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), principal indicador de inflação do país, tem suas projeções ajustadas constantemente. O Ipea e o mercado financeiro reduziram suas estimativas para o IPCA em 2025 para cerca de 4,8%, mas a percepção de aumento dos preços e do custo de vida permanece alta entre a população [1, 2, 3, 4, 5].

O impacto da inflação é sentido diretamente no poder de compra das famílias, especialmente aquelas com menor renda, que são mais afetadas pela elevação dos preços de bens e serviços essenciais como alimentos, moradia e transporte. Pesquisas indicam que a maioria dos brasileiros espera que a inflação e o custo de vida continuem a aumentar, gerando preocupação e afetando o planejamento financeiro pessoal e familiar [6, 7, 8, 9].

As causas da inflação são multifatoriais, incluindo descontrole monetário, aumento dos gastos governamentais, expectativas dos agentes econômicos e elevação dos custos de produção. O Banco Central tem a meta de inflação, que desde janeiro de 2025 se refere à inflação acumulada em doze meses, apurada mês a mês [10].

Politização na Sociedade Brasileira

A sociedade brasileira tem demonstrado um aumento na politização, especialmente após eventos significativos como as eleições de 2022 e o período da pandemia de COVID-19. Este fenômeno é caracterizado por uma maior participação e engajamento dos cidadãos em questões políticas, mas também por uma acentuada polarização [11, 12, 13, 14, 15].

A polarização política no Brasil é um tema recorrente, com a divisão da sociedade em grupos com visões de mundo e ideologias cada vez mais opostas. As raízes históricas e os aspectos comportamentais contribuem para essa divisão, que se manifesta em debates intensos e, por vezes, em conflitos sociais. Pesquisas indicam que o Brasil esteve entre os países mais polarizados globalmente em anos recentes [16, 17, 18, 19].

A politização, quando bem compreendida e baseada na educação e no debate construtivo, pode ser um motor para o fortalecimento da democracia e para a promoção de mudanças sociais. No entanto, a polarização excessiva pode dificultar o diálogo, a busca por consensos e a implementação de políticas públicas eficazes, impactando a governabilidade e a coesão social [20, 21, 22]. A política permeia diversos aspectos da vida cotidiana, desde a qualidade dos serviços públicos até as condições econômicas, tornando o engajamento político uma parte intrínseca da experiência do cidadão [23, 24].

Desigualdade Social no Brasil

A desigualdade social no Brasil, embora tenha atingido o menor nível da série histórica do IBGE em 2024, ainda é um desafio persistente e estrutural. Relatórios indicam que uma parcela significativa da riqueza do país está concentrada nas mãos de uma pequena porcentagem da população. Por exemplo, 63% da riqueza do Brasil está nas mãos de 1% da população, segundo a Oxfam [25, 26, 27, 28].

As causas da desigualdade são complexas e multifacetadas, incluindo a má distribuição de riquezas, a lógica de acumulação de capital, a falta de investimento em áreas essenciais como educação, saúde e infraestrutura, a desigualdade salarial e a discriminação. Essas disparidades resultam em consequências graves, como fome, desnutrição, mortalidade infantil, aumento das taxas de desemprego e marginalização de parte da população [29, 30, 31, 32, 33].

Estudos apontam que políticas de redistribuição de renda, como o Bolsa Família, e um mercado de trabalho aquecido têm contribuído para a redução da desigualdade. No entanto, a persistência de altos níveis de desigualdade econômica afeta diretamente o crescimento e a estabilidade do país, exigindo reformas estruturais e políticas públicas contínuas para promover uma sociedade mais equitativa [34, 35, 36].

Perfil dos Consumidores Brasileiros

O perfil do consumidor brasileiro em 2025 é marcado por um comportamento equilibrado e influenciado pelo cenário econômico e social. As tendências apontam para um crescimento moderado do consumo dentro do lar, impulsionado principalmente pelas refeições. Há uma redefinição do perfil de consumo, com diferentes gerações apresentando características distintas e o ambiente digital desempenhando um papel cada vez mais relevante nas decisões de compra [37, 38, 39, 40, 41, 42].

O consumo nos lares brasileiros registrou alta no primeiro semestre de 2025, mas as ocasiões de consumo fora do lar apresentaram queda. A cautela e as mudanças nos hábitos de consumo são evidentes, com os consumidores buscando maior exigência por produtos e serviços de qualidade, e valorizando a certificação e a sustentabilidade. O otimismo do consumidor, embora tenha oscilado, ainda se mantém em patamares significativos [43, 44, 45, 46, 47, 48].

O cenário econômico, com a inflação e o custo de vida, influencia diretamente as escolhas dos consumidores, que se tornam mais conscientes e seletivos. A economia circular e a preocupação com o impacto social e ambiental das marcas são tendências crescentes. A presença digital é fundamental, com a maioria dos brasileiros utilizando smartphones, smart TVs e laptops para acessar a internet e realizar compras [49, 50, 51].

1.Ipea – Ipea reduz projeção do IPCA em 2025

2.Exame – mercado reduz projeção do IPCA para 4,81% em 2025

3.Agência Brasil – Mercado financeiro projeta inflação de 4,83% em 2025

4.CNN Brasil – Focus: Mercado ajusta para baixo estimativa de inflação

5.Fundacion MAPFRE – Que é inflação e seus impactos na vida do brasileiro

6.Santander – Impacto da inflação na vida das pessoas

7.Febraban – Pesquisa RADAR: Preocupação com inflação e custo de …

8.CNN Brasil – Febraban: maioria dos brasileiros espera alta da inflação e …

9.UOL Economia – Febraban/pesquisa: maioria dos brasileiros (71%) espera …

10.Banco Central do Brasil – Histórico: meta de inflação vs. inflação efetiva

11.Jornal da Unesp – Politização: a ambiguidade que polariza

12.Senado Notícias – Brasileiro está mais politizado após eleições de 2022